Quando eu cheguei em Edimburgo, sabia que podia encontrar alguma referência a Walter Scott, tido como o "pai" do romance histórico. Um livro muito popular, "Ivanhoé", foi escrito por ele no começo do século XIX. Também se deve a Scott e a esse livro a popularização do nome e da figura de Robin Hood.
Caminhando pelo centro da cidade, eu vi uma imensa construção, que de longe me pareceu um obelisco e, mais perto, um mausoléu, mas não pude ver a quem era dedicada. No centro velho da capital da Escócia, logo deparei com a estátua de Adam Smith. A poucos metros dali, foi a vez de David Hume. Imediatamente me lembrei das aulas de filosofia e do meu amigo Renato Maia, leitor de Hume. A estátua de Scott deveria estar próxima. Os escoceses são um povo desenvolvido e sofisticado, e logo percebi que muito disso se deve a uma depurada noção da História. Não se trata de fazer homenagens com estátuas em praças públicas. O caso é o de se orgulhar de seus homens. As estátuas vêm depois, em consequência.
Claro que muito do progresso do Reino Unido nós sabemos a que se deve. O Castelo de Edimburgo tem várias seções dedicadas às guerras, desde tempos remotos em que os escoceses tinham de se defender dos vizinhos conquistadores do sul até o momento em que se juntaram a eles formando as poderosas armas britânicas.
O pequeno contato que tive com escoseses me permitiu ver um povo educado e amigável, não tão reservado quanto o inglês. Mas esses, por enquanto só os conheço de observá-los no Tube londrino. Depois do lago Ness, fomos para Inverness, considerada a capital das "highlands of Scotland". Foi o lugar mais perto que eu cheguei do polo até agora. Lamentei que tivéssemos apenas uma noite na cidade. Por isso eu não quis ir pra cama tão cedo. Foi o melhor que eu fiz. Onze horas, meia-noite e as trevas não chegavam. Numa passarela sobre o rio Inverness eu vi o horizonte. Lindo. Ao sul a noite total e ao norte um céu azul claro e escuro riscado como o dorso do tigre. Ainda conheci uns highlanders saindo de um pub com suas vestimentas características. Conversamos sobre alguns costumes escoceses, conversamos sobre aquela noite que me pareceu mágica. Eles não se conformaram quando eu disse que seria a única.
Na manhã seguinte, de volta a Edimburgo, fui até aquele obelisco e lá estava. Nunca vi tamanha glória dedicada a um escritor. O "Scott Monument" parece querer tocar o céu que ali na Escócia parece tão próximo.
Caminhando pelo centro da cidade, eu vi uma imensa construção, que de longe me pareceu um obelisco e, mais perto, um mausoléu, mas não pude ver a quem era dedicada. No centro velho da capital da Escócia, logo deparei com a estátua de Adam Smith. A poucos metros dali, foi a vez de David Hume. Imediatamente me lembrei das aulas de filosofia e do meu amigo Renato Maia, leitor de Hume. A estátua de Scott deveria estar próxima. Os escoceses são um povo desenvolvido e sofisticado, e logo percebi que muito disso se deve a uma depurada noção da História. Não se trata de fazer homenagens com estátuas em praças públicas. O caso é o de se orgulhar de seus homens. As estátuas vêm depois, em consequência.
Claro que muito do progresso do Reino Unido nós sabemos a que se deve. O Castelo de Edimburgo tem várias seções dedicadas às guerras, desde tempos remotos em que os escoceses tinham de se defender dos vizinhos conquistadores do sul até o momento em que se juntaram a eles formando as poderosas armas britânicas.
O pequeno contato que tive com escoseses me permitiu ver um povo educado e amigável, não tão reservado quanto o inglês. Mas esses, por enquanto só os conheço de observá-los no Tube londrino. Depois do lago Ness, fomos para Inverness, considerada a capital das "highlands of Scotland". Foi o lugar mais perto que eu cheguei do polo até agora. Lamentei que tivéssemos apenas uma noite na cidade. Por isso eu não quis ir pra cama tão cedo. Foi o melhor que eu fiz. Onze horas, meia-noite e as trevas não chegavam. Numa passarela sobre o rio Inverness eu vi o horizonte. Lindo. Ao sul a noite total e ao norte um céu azul claro e escuro riscado como o dorso do tigre. Ainda conheci uns highlanders saindo de um pub com suas vestimentas características. Conversamos sobre alguns costumes escoceses, conversamos sobre aquela noite que me pareceu mágica. Eles não se conformaram quando eu disse que seria a única.
Na manhã seguinte, de volta a Edimburgo, fui até aquele obelisco e lá estava. Nunca vi tamanha glória dedicada a um escritor. O "Scott Monument" parece querer tocar o céu que ali na Escócia parece tão próximo.
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