Nesta semana tive uma noção do mito de Rogério Ceni. Não que eu não tivesse. Rogério, com suas falhas e tudo o mais, é há muito tempo um dos grandes. Se fosse escocês, teria uma estátua numa rua de Edimburgo, mas isso é uma outra história.
As coisas não foram fáceis para os são-paulinos. Primeiro veio a goleada de domingo. Depois, a perda da liderança do campeonato no Morumbi. Ambos os jogos tiveram falhas de Rogério Ceni. Como são-paulino e admirador de Ceni, eu apenas pergunto: e daí? E não penso no lugar que ele ocupa na história do São Paulo, mas em tudo o que ele tem feito em temporadas recentes. Minha memória não acaba na primeira falha nem na segunda. Para os adversários, claro, os frangos são um prato cheio. Normal, todos sabem quem é Rogério Ceni. Talvez eles saibam ainda melhor do que nós. Vê-lo falhando deve ser irresistível. Rogério deve estar abalado, mas deveria estar feliz também. Porque algumas brincadeiras, ao mesmo tempo em que transpiram dor-de-cotovelo e rancor, dão a dimensão de sua grandeza.
O goleiro-artilheiro tem quase mil jogos, cento e um gol marcados e pelo menos cinco títulos importantes. Aí falha uma, duas vezes seguidas (como, aliás, já falhou muitas outras vezes) e uma turba enloquecida corre em desespero para ver quem tem a tirada mais engraçada. E também essa corrida tem lá a sua graça.
Mas o melhor para mim veio na segunda, logo depois da goleada no clássico. Apareceu um professor substituto por aqui. Londrino, mas de família liverpodliana, ele me explica ao justificar ser torcedor do Liverpool. Do Liverpool e do São Paulo, ele logo acrescenta, sem ainda saber que sou são-paulino. Tento entender. Ele me diz que isso vem de criança, e que sempre admirou um cara que ele considera extremamente injustiçado: Rogério Ceni. "Como ele pode ser apenas o terceiro goleiro da seleção brasileira?", ele me pergunta, e eu respondo que hoje ele já não é. O professor não se conforma, mas a revelação me traz uma alegria que nem todos compreenderão. Os são-paulinos, sim.
O goleiro-artilheiro tem quase mil jogos, cento e um gol marcados e pelo menos cinco títulos importantes. Aí falha uma, duas vezes seguidas (como, aliás, já falhou muitas outras vezes) e uma turba enloquecida corre em desespero para ver quem tem a tirada mais engraçada. E também essa corrida tem lá a sua graça.
Mas o melhor para mim veio na segunda, logo depois da goleada no clássico. Apareceu um professor substituto por aqui. Londrino, mas de família liverpodliana, ele me explica ao justificar ser torcedor do Liverpool. Do Liverpool e do São Paulo, ele logo acrescenta, sem ainda saber que sou são-paulino. Tento entender. Ele me diz que isso vem de criança, e que sempre admirou um cara que ele considera extremamente injustiçado: Rogério Ceni. "Como ele pode ser apenas o terceiro goleiro da seleção brasileira?", ele me pergunta, e eu respondo que hoje ele já não é. O professor não se conforma, mas a revelação me traz uma alegria que nem todos compreenderão. Os são-paulinos, sim.
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